Ademir Marques de Menezes, o Queixada, foi um dos mais extraordinários artilheiros de todos os tempos. Seu estilo de jogo deu origem a uma nova posição: PONTA-DE-LANÇA. Sua versatilidade em atuar em qualquer posição do ataque e sua habilidade nas arrancadas a caminho do gol obrigaram técnicos a adotarem novos sistemas para tentar contê-lo.
Nem a perda da Copa do Mundo de 50, da qual ele se tornou artilheiro, conseguiu abalar seu prestígio. Ademir era insuperável nas arrancadas com a bola sob controle e capaz de concluir com um ou outro pé com grande precisão, raramente perdendo gols em lances de área. Chutava sem tomar distância da bola, sem mudar o passo, surpreendendo muitas vezes aos goleiros.
Apelidado de "Queixada" devido ao queixo proeminente, Ademir foi um cultuado artilheiro revelado pelo Sport Club do Recife, para muitos o maior jogador a ostentar no peito o escudo do Leão e a Cruz de Malta, símbolos do rubro-negro Recifense e do Vasco da Gama. Nas divisões amadoras do Leão, sagrou-se bicampeão Juvenil(37/38) e pelos profissionais conquistou o título de 1941 de forma invicta, sendo o artilheiro máximo da competição com 11 gols. Ainda em 1941, o Sport participou de alguns amistosos no Rio de Janeiro, e seu futebol logo foi notado pelos times da cidade, o que lhe rendeu uma transferência para o Vasco da Gama, onde integrou um dos maiores times da história do futebol mundial: o "Expresso da Vitória". Pela Seleção Brasileira, marcou 35 gols em 41 partidas, com uma das melhores médias de todos os tempos. Encerrou sua carreira no Sport em 1956, onde já estava jogando desde 1955.
Ademir de Menezes nasceu um Recife, a 8 de novembro de 1922 e faleceu no Rio de Janeiro, a 11 de maio de 1996.
Bigode fino, cabelos com brilhantina e sapatos bicolor. Só isso já seria o bastante para fazer de Ademir Marques de Menezes um tipo notável. Mas havia o queixo, um respeitável queixo, que lhe rendeu o apelido de "Queixada". E havia também os gols, marcados de balaio com a cabeça, pé direito, esquerdo, barriga ou qualquer outra parte do corpo. Ademir fez história no futebol brasileiro como um dos mais fortes e velozes atacantes que já vestiram a camisa amarela da Seleção. Poderia estar entre os maiores de todos os tempos não fosse a fatalidade daquela final na Copa de 50, quando o favoritíssimo Brasil perdeu para o azarão uruguaio. Ademir esteve para o Mundial do Brasil como Maradona para a Copa de 86 ou Romário para o tetra de 94. Na Copa de 50, Queixada foi o artilheiro com nove gols em apenas seis jogos e simplesmente arrasou. Mas o Brasil não levantou o caneco e Ademir também não se tornou uma estrela planetária.
Insuperável nas arrancadas com a bola sob controle (chamadas na época de "rush"), sempre fulminantes, e capaz de concluir com os dois pés com uma imensa precisão. Artilheiro nato, raramente perdia gols em lances na pequena área. Seu estilo de jogo deu origem a posição de “Ponta de Lança”, sua versatilidade em atuar em qualquer posição do ataque e sua habilidade nas arrancadas a caminho do gol obrigou a adoção de novos sistemas de jogo pelos técnicos para tentar contê-lo.
Não tomava grande distância da bola para chutar, sem mudar o passo, partia para bola surpreendendo muitas vezes o goleiro. No time que jogava, longos lançamentos eram feitos pra aproveitar sua velocidade. No Vasco teve lançadores fenomenais, como Ipojucan e Danilo (“o Príncipe”).
Ele começou a carreira no Sport-PE, como juvenil, em 1937, descoberto pelo técnico uruguaio Ricardo Diez. Em 1941, com apenas 19 anos, começou a ganhar fama ao conquistar o título do Campeonato Pernambucano de 1941. De quebra, foi artilheiro com 11 gols. Recife começava a ficar pequena para o seu futebol.
Ademir chegou a São Januário em 1942, sem concluir a Faculdade de Medicina, onde cursava o quarto ano, em Recife. As arrancadas irresistíveis e a incrível capacidade de conclusão logo o transformaram em um ídolo da torcida. Foi campeão carioca em 1945 e trocou o Vasco pelo Fluminense no final da temporada, na chamada transferência da década. Com 301 gols em 429 partidas, Ademir tornou-se o maior ídolo e artilheiro da história do Vasco da Gama, até ser ultrapassado em números de gols por Roberto Dinamite. Pelo Vasco, integrou um dos maiores times da história do futebol mundial, o “expresso da vitória”, pelo qual conquistou inúmeros títulos.
Gentil Cardoso, treinador que marcou época, dissera aos dirigentes do tricolor: "Dêem-me Ademir que lhes darei o campeonato". Não deu outra. Ademir ajudou o Fluminense a conquistar o Campeonato Carioca de 1946. Mas a sua estadia nas Laranjeiras durou pouco: no ano seguinte, regressou ao Vasco.
Ao marcar o gol da vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo no jogo final, em São Januário, o Tricolor sagrou-se campeão em 1946 , no torneio mais emocionante da história do Campeonato Carioca , pois sendo disputado por pontos corridos terminou com quatro equipes empatadas em primeiro lugar, sendo necessária uma disputa extra entre eles que ficou conhecida como Supercampeonato. De volta à São Januário, ele foi campeão do Rio de Janeiro em 1947, 1949, 1950, 1952 e 1956. Também ganhou o Campeonato Sul-Americano de Clubes, disputado em Santiago, no Chile, em 1948.
Ao marcar o gol da vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo no jogo final, em São Januário, o Tricolor sagrou-se campeão em 1946 , no torneio mais emocionante da história do Campeonato Carioca , pois sendo disputado por pontos corridos terminou com quatro equipes empatadas em primeiro lugar, sendo necessária uma disputa extra entre eles que ficou conhecida como Supercampeonato. De volta à São Januário, ele foi campeão do Rio de Janeiro em 1947, 1949, 1950, 1952 e 1956. Também ganhou o Campeonato Sul-Americano de Clubes, disputado em Santiago, no Chile, em 1948.
Em 1949, jogando o Sul-Americano pela seleção brasileira, Ademir marcou quatro gols no goleiro paraguaio Garcia. Algum tempo depois, quando Garcia se transferiu para o Flamengo, Ademir sempre conseguia marcar no mínimo um gol. “Não que o Garcia não fosse bom goleiro, até pelo contrario. Ele era um ótimo goleiro, apenas eu dava sorte quando jogava contra ele”. Por isso Ademir chegou a ser chamado de "Carrasco do Flamengo".
Apesar de seu passe ter custado apenas 800 mil-réis, Ademir foi o primeiro profissional a exigir luvas (40 contos), mas o Vasco pagou 45 contos e venceu a disputa com o Fluminense para tirá-lo do Sport Club do Recife. Seu salário era de 500 mil réis.
Pela Seleção Brasileira, Ademir Menezes disputou 41 partidas e marcou 35 gols. Seu principal título foi o Sul-Americano de 1949. Artilheiro notável, fez nove gols em seis jogos e é um dos dois únicos brasileiros (o outro é Leônidas) a fazer quatro gols em apenas um jogo de Mundial na goleada contra a Suíça. Depois da Copa, sofreu lesões no pé e nos meniscos que o afastaram durante meses dos gramados. Já em 1956, com apenas 31 anos, pendurou as chuteiras no Vasco. Morreu no Rio, em 1996, vítima de câncer na medula. Em julho de 1999, o Sport mandou construir uma estátua de dois metros de altura, em frente à sua sede, para homenagear o ídolo.
Apesar de seu passe ter custado apenas 800 mil-réis, Ademir foi o primeiro profissional a exigir luvas (40 contos), mas o Vasco pagou 45 contos e venceu a disputa com o Fluminense para tirá-lo do Sport Club do Recife. Seu salário era de 500 mil réis.
Pela Seleção Brasileira, Ademir Menezes disputou 41 partidas e marcou 35 gols. Seu principal título foi o Sul-Americano de 1949. Artilheiro notável, fez nove gols em seis jogos e é um dos dois únicos brasileiros (o outro é Leônidas) a fazer quatro gols em apenas um jogo de Mundial na goleada contra a Suíça. Depois da Copa, sofreu lesões no pé e nos meniscos que o afastaram durante meses dos gramados. Já em 1956, com apenas 31 anos, pendurou as chuteiras no Vasco. Morreu no Rio, em 1996, vítima de câncer na medula. Em julho de 1999, o Sport mandou construir uma estátua de dois metros de altura, em frente à sua sede, para homenagear o ídolo.
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